DIA MUNDIAL DO DIABETES

O Dia Mundial do Diabetes é comemorado desde 1991, em 14 de novembro, data de aniversário de Sir Frederick Banting, co-descobridor da insulina, juntamente com Charles Best. O tema adotado para as campanhas dos anos de 2021 a 2023 é “Acesso aos Cuidados da Diabetes”, é importante para conscientização, pois a doença atualmente afeta cerca de 250 milhões de pessoas no mundo, dobrarão até 2030 se não forem adotadas medidas. Vamos conhecer melhor sobre tipos de diabetes.

Diabetes mellitus tipo 1
O DM tipo 1 é uma DCNT (doença crônica não transmissível) caracterizada pela presença de hiperglicemia em indivíduos cuja secreção de insulina diretamente prejudicada, sendo considerada de origem autoimune devido à produção equivocada de anticorpos que atacam as células beta-pancreáticas, gerando a destruição parcial ou total dessas células.
Geralmente é detectado quando há destruição de mais de 80% das células, e consequentemente,
determinados tecidos se tornam incapazes de captar glicose de forma eficiente, assim, esta molécula
tende a se acumular na circulação sanguínea, gerando a chamada hiperglicemia crônica.
Apresenta sinais e sintomas ainda na infância/juventude dos indivíduos, através de sinais clássicos como:
polidipsia, poliúria e emagrecimento sem explicação, podendo ainda apresentar irritabilidade, desidratação e a descompensação em cetoacidose. Pelo fato de ter características de hereditariedade,
existe um trabalho de anamnese e investigação de histórico familiar, devido à predisposição genética para gerar uma disfunção autoimune nas células beta pancreáticas. Diagnóstico: Glicemia em jejum ≥ 126 mg/dL e glicemia aleatória (coletada em qualquer hora do dia) ≥ 200 mg/dL, em pacientes com sintomas característicos do DM.
Diabetes mellitus tipo 2
O diabete tipo 2 é uma doença metabólica complexa caracterizada por uma diminuição da
secreção pancreática de insulina e uma diminuição da ação da insulina ou resistência à insulina nos 5
órgão periféricos, resultando em hiperglicemia e glicotoxicidade, responsável por um estresse oxidativo
crônico ao nível tecidual, trazendo as complicações crônicas do diabetes.
A resistência à insulina é inicialmente observada no tecido muscular, onde concentração crescente de
insulina é necessária para permitir a captação de glicose pelo miócito. A resistência à insulina é
influenciada tanto por fatores adquiridos (obesidade, inatividade física) como por fatores genéticos.
Frequentemente ocorre uma associação de outras condições como aterosclerose, dislipidemia (elevação
da concentração de LDL e triglicérides e redução da concentração de HDL), hipertensão arterial e a
obesidade abdominal.
Diabetes mellitus tipo 3
Há fortes indícios científicos que apontam para a existência de um novo tipo de diabetes, que
poderá ser chamada de DM tipo III, caracterizada pela resistência à insulina cerebral. Os resultados
mostrados nos estudos observaram que o mecanismo de interrupção da sinalização de insulina cerebral é
semelhante ao que conduz a resistência à insulina na DM tipo I ou II, levando a diminuição da memória e
a morte neuronal.
Embora haja produção de insulina no SNC, a maior parte dela é de origem pancreática, e a resistência a
insulina presente na maioria dos indivíduos com DM II pode induzir a deficiência a insulina no SNCM
como causa da diminuição de memória e aprendizagem pela interrupção da sinalização dos receptores de insulina apontando assim a ideia de que a resistência a insulina não ocorre apenas nos tecidos muscular e adiposo, mas também no tecido cerebral.
A resistência insulínica cerebral é uma doença causada por deficiências neuroendócrinas seletivas na
ação da insulina no cérebro, independente se o individuo apresenta DM tipo I ou II.

É sempre importante fazer anualmente exames de check-up, praticar atividades físicas regularmente, manter uma alimentação saudável e controlar o peso corporal, são comportamentos essenciais que evitam não apenas o diabetes, mas outras doenças crônicas, como o câncer.

Kéren-Hapuc, graduanda de nutrição.